13/10 às 21h — Teatro do Bourbon Country
Endereço: Avenida Túlio de Rose, 80 – Jardim Europa
DISCO E SHOW comemoram episódios históricos, acompanhados de suas lendas, que deram forma e caráter à língua que falamos no Brasil. O diretor Felipe Hirsch planejou com o Sesc São Paulo e com a ajuda dos pesquisadores Caetano Galindo, Yeda Pessoa de Castro, Eduardo Navarro e Viveiros de Castro, montou o roteiro e pediu a Tom Zé o que se apresenta no disco "Língua Brasileira”.
Em Porto Alegre a apresentação será responsável pela edição de lançamento da MIAC – Mostra Internacional de Arte Contemporânea, dia 13 de outubro, às 21h, no Teatro do Bourbon Country. Ingressos à venda em Uhuu.com
As 11 canções, 10 delas inéditas, compõem poeticamente influências que vieram de várias línguas africanas do grupo bantu. Falam da criação do mundo na visão do candomblé, como A LÍNGUA PROVA QUE. Em GÊNESIS GUARANI apresentam-se tradições originarias do índio brasileiro.
Num caminho traçado através do latim vulgar, está POMPEIA—PICHE NO MURO NU. Há uma peça cantada no portunhol que escutamos por aqui, SAN PABLO SAN PAVLOV, SAN PAULANDIA. E lá vem a bilíngue METRO GUIDE, nesse inglês cada dia mais invasivo, além de outras querelas do nosso falar.
Agora, o mais solene: O RITUAL DE SUBIR AO PALCO!
A canção prostra-se seduzida pelo fascínio do palco. Expõe-se em prestações, abre-se em frações e fragmentos, em peças e partículas. Todas divertidas. Não abro mão da alegria. Quanto à nossa banda, tão brilhante e agora nomeada, está acostumada a imiscuir-se nesse desmembramento: Daniel Maia, Felipe Alves, ao lado das vozes femininas de Luanda e Andréia Dias.
Com a juventude de Renato Léllis e a competência de Cristina Carneiro. Todos fazem voz e instrumentos. Multiplicam-se em funções e gestos, amparados pela bateria firme de Fábio Alves.
A metamorfose veste o coração de todos: Daniel se soma na guitarra, Felipe no contrabaixo; Cristina no teclado e voz; Renato no tambor e cabaça; Andreia na cuíca e Luanda sacode um afoxé. Fábio é a presença do elemento ‘tempo’ ao multiplicar os timbres da batera.
E quer saber? Além do mais, como já foi dito, todos ainda cantam, porque, está implícito, o PALCO é um senhor exigente.
(Atenção! Não sou cabeça-dura e vou cantar alguns sucessos anteriores que a plateia conhece e cuja falta não perdoa.)
(texto de TOM ZÉ)
Fotos: Fernando Laszlo / Divulgação
Comments